quarta-feira, 13 de novembro de 2013









será que a solidão é algo que dura para sempre ?

dou por mim a ser monótona, com a mesma pergunta todas as manhãs, todos os dias. será que a solidão é algo que dura para sempre ? 
é algo que se estranha no passar dos tempos. queremos aceitar que esta pergunta desaparecerá, mas em muitos dos casos, a pergunta permanece, permanece e permanece, sem nunca poder ter sido esclarecida.
eu acredito, ou pelo menos acreditava, que um dia iria conhecer um tal príncipe. coisas de miúda. mas eu cresci. ao crescer apercebi-me que os príncipes não existem, que os casais não são perfeitos e que muitos deles escondem-se perante mimos e caricias, quando por detrás, é uma relação focada em discussões e em lágrimas. há outros casos, em que se amam, mas a vergonha e o medo de rejeição vencem, e acabam por nem saber que os sentimentos são correspondidos. finais felizes, não existem. há obstáculos, há discussões, há perdas, há lágrimas, sofrimento. e eu .. eu sou daquelas que não sei nada disto. nunca vivi uma relação amorosa, uma que fosse verdadeira. é possível que seja por isso, que não consigo acreditar que algum dia possa a vir ser feliz. falta-me e sempre me faltou alguém ao meu lado. não me refiro a um amigo. refiro-me alguém que, sempre que me visse, me abraçasse com tanta força que me faltasse o ar, que me beijasse até não poder mais, que me olhasse nos olhos e dissesse aquilo que nos une , um " amo-te " sincero.  
talvez, tudo isto. seja pedir de mais. e por isso, nada acontece. e a pergunta mantêm-se ... será a solidão um estado que dura para sempre ? 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Novamente perdida nos murmúrios do tempo, não sei onde me encontro, o que faço, o porque de me ter perdido. De um momento para o outro, tudo aquilo que eu vi pintado a cores, torna-se numa tela pintada a preto e branco. Nada disto faz sentido , mas ao mesmo tempo tudo parece ter algum. Aquilo que tentei fazer, não foi mais que seguir em frente.Tentei, acredito que tentei, mas senti que, ao seguir em frente, o cenário recuava. Percebi que a cada passo que dava em frente, eram dois passos para trás. Todo o mundo á minha volta, de certa forma, parou. Talvez não tenha sido o mundo. Talvez tenha mesmo sido eu. Numa forma de protesto, julguei me mais forte perante aqueles que realmente o eram. No fundo, fui forte. Forte o suficiente para esconder todo o sofrimento que guardava para mim. Todas as memórias que dizia ter apagado, mas que na verdade, permanecem até hoje. Memórias essas, que ninguém pode esquecer. São memórias que estão fortemente apegadas a mim, ao meu coração, à minha mente, aos meus sentimentos. Tudo o que se passou, foi passado. Um passado que quero trazer ao presente, e é por isso, que eu sei que o cenário, por muito que ande em frente, sou eu quem o faz parecer estar andar para trás. 
Se calhar, tudo o que preciso é de tempo. Ainda mais tempo para recuperar todo o presente. Para esquecer todas as memórias guardadas naquela que é a caixa mais complicada de queimar. Apesar disso, eu não desisto. Entristeço nesta espera, mas não desisto. O tempo é escasso, assim como tudo nesta vida, mas a felicidade de um dia vir a encontrar alguém irá ser dominada, um dia mais tarde. Pois , porque ... Se calhar, tudo o que preciso é de tempo. E se ninguém aparecer ? E se ninguém me poder satisfazer esta felicidade ? Pois (..)